Fossa agroecológica transforma vida de agricultores do Semiárido
Fossa agroecológica conta com tecnologia social de baixo custo e alta replicabilidade (Foto: Ascom/Seagri)
Com baixo custo e de caráter produtivo das cisternas, já foram construídas 61 fossas equipamentos no Semiárido alagoano
Texto de Marta Moura
Um novo tratamento de esgoto com baixo custo e que não agride o meio ambiente, está beneficiando agricultores. A fossa agroecológica é construída a partir de pneus, areia e metralha, onde os materiais ficam enterrados no subsolo desempenhando o papel de filtros.
Em Alagoas, a secretaria da Agricultura, Pecuária, pesca e Aquicultura (Seagri) junto ao Instituto Terra Viva, já realizou a construção de 61 fossas neste primeiro semestre, dividindo-se entre os municípios de Lagoa da Canoa, Arapiraca e Coité do Noia.
Com caráter produtivo das cisternas calçadão, atribuem a posssibilidade de plantação de plantas com radiculares rasas, como banana, abóbora e maracujá. Cada agricultor que escolhe esse tipo de tratamento de esgoto recebe mil reais para adquirir os materiais necessários na contrução.
Para o secretário da Agricultura, Pecuária, pesca e Aquicultura, Antônio Santiago, os benefícios econômicos e sociais envolvem ainda redução das internações médicas-hospitalares decorrentes da falta de saneamento básico; maior capacidade laboral do produtor rural e redução nos índices de faltas e desistências escolares.
“As fossas agroecológicas representam aproveitamento agronômico do efluente do esgoto na forma de reuso da água e nutrientes, melhoria da qualidade de vida no campo, além dos ganhos ambientais”, assegura Santiago.
A abrangência da fossa agroecológica é potencialmente maior, considerando que é uma tecnologia social de baixo custo, alta replicabilidade e divulgada por meio de uma rede extensa de instituições.
O agricultor e adpto ao uso da fossa agroecológica, Miguel Vicente, afirma que está surpreso pelos resultados. “Não tem mau cheiro, em comparação ao método comum”, constata.
O funcionamento do sistema não requer uma tecnologia de ponta e é bem simples. A água que é derramada pelos dejetos é filtrada e sugada pelas raízes das plantas, ajudando no reuso por meui das plantações.
A agricultora Arlene Ferreira, contou que está satisfeita com suas plantações de abóboras a partir da nova fossa. “É uma maravilha, estávamos com muitos anos que plantações de abóboras não estavam dando certo por causa da seca”, explica Arlene.
Fonte: Agência Alagoas
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