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Produtores alagoanos apostam na excelente fertilidade da soja para a safra 2019/2020

Produtores alagoanos apostam na excelente fertilidade da soja para a safra 2019/2020

Produtores alagoanos apostam na excelente fertilidade da soja para a safra 2019/2020

Ensaios feitos pela Embrapa em três municípios demonstram otimismo do setor em relação à safra passada

Dias de Campo nos municípios de Porto Calvo e Campo Alegre marcaram o início da safra 2019/2020 de soja em Alagoas. As chuvas bem distribuídas este ano encheram de esperança os produtores que investem nessa cultura no estado. Tanto em experimentos de campo como em áreas de plantio comercial há grande expectativa de excelentes resultados de produtividade da soja.

Os resultados de ensaios de campo feitos pela Embrapa em Alagoas e os dados do início de colheita demonstram que os materiais utilizados nos experimentos e selecionados para cultivo pelos produtores no estado apresentaram ótimos níveis de produtividade superiores às médias nacionais (em torno de 56 sacas por hectare) e comparáveis aos grandes produtores nacionais, com resultados de 62 até 72 sacas por hectare. 

Antônio Santiago e Paulo Albuquerque, pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros que atuam na Unidade de Execução de Pesquisa em Rio Largo, apresentaram os resultados preliminares dos estudos em campo de competição entre os genótipos de soja, além de informações técnicas sobre boas práticas e tratos culturais, como o uso de cobertura vegetal no solo e a inoculação por bactérias para fixação de nitrogênio.  

Sílvio Bulhões, secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, destaca que o papel da comissão de grãos de Alagoas tem colaborado efetivamente na retomada do plantio de grãos em Alagoas, com avanços na produtividade e ainda na geração de emprego e renda para as regiões da Zona da Mata e do Litoral Norte. Segundo ele, a Embrapa tem uma colaboração indispensável no avanço das culturas de soja e milho, apresentando os melhores cultivares para Alagoas.

“Nessa quinta safra da soja, os resultados estão surpreendendo tanto do ponto de vista da produtividade como da comercialização, e isso é muito importante para o estado de Alagoas porque se apresenta como nova fronteira na produção de grãos no país”, comemora Sílvio Bulhões.

Para Everaldo Tenório, produtor de Campo Alegre, a diversificação de culturas é o caminho a ser seguido pelos produtores. “Nas nossas áreas a soja já vem integrando a produção, principalmente em rotação com as áreas de cana. Em 2019, após cinco anos de trabalho intenso de seleção de materiais mais bem adaptados e definição dos melhores tratos culturais com apoio da Embrapa, temos a satisfação de atingir resultados espetaculares, comparáveis aos grandes produtores das áreas tradicionais do país”, reconhece.

Como informa o presidente da Comissão de Grãos de Alagoas, Hibernon Cavalcante, a produção de soja de 2019 em Alagoas deve atingir cerca de 5,7 mil toneladas, um recorde histórico, demonstrando que o Programa de Incentivo à Produção de Grãos e atuação da Comissão têm despertado no setor produtivo a importância da diversificação e trazido grandes resultados de milho, soja e feijão.   

Alagoas, nos últimos cinco anos, tem atraído produtores dos estados do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Sergipe, onde estão investindo na plantação de soja, milho, algodão, feijão, sorgo e milheto em áreas que antes predominavam o plantio de cana de açúcar.

Como é o caso do produtor paranaense Félix Simonetti, que tem mais de 30 anos de experiência no cultivo de soja em áreas tradicionais no Mato Grosso. Desde 2018, ele aposta no milho e na soja de Alagoas. Sua empresa está instalada no município de Limoeiro de Anadia.

“O papel da Embrapa e do governo de Alagoas, por meio da Seagri, vem dando um norte aos produtores pioneiros nessas novas áreas, sendo fundamental na definição que materiais vamos adquirir para o cultivo”, reconhece.  

Além da Embrapa, Seagri e Emater, os produtores também contam com o apoio do Sebrae, BNB, Banco do Brasil e empresas ligados ao agronegócio.

Texto de Ronaldo Lima

Fonte: Agência Alagoas

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