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Pesquisa irá criar biodefensivos de uso tópico para controle de plantas daninhas, insetos-praga e doenças para as principais culturas agrícolas

Pesquisa irá criar biodefensivos de uso tópico para controle de plantas daninhas, insetos-praga e doenças para as principais culturas agrícolas

Pesquisa irá criar biodefensivos de uso tópico para controle de plantas daninhas, insetos-praga e doenças para as principais culturas agrícolas

Produto será criado a partir da tecnologia do RNA interferente, a mesma utilizada em vacinas contra o Coronavírus.

A Embrapa Agroenergia, a empresa Sempre e a Embrapii iniciaram pesquisas para o desenvolvimento de biodefensivos de uso tópico que prometem estimular o mecanismo de defesa da própria planta contra o ataque de pragas e patógenos. A estratégia, conhecida como RNA interferente (RNAi), será desenvolvida em parceria com a Embrapa Soja, Embrapa Milho e Sorgo e Embrapa Mandioca e Fruticultura.

A tecnologia do RNA interferente é um mecanismo natural responsável pelo silenciamento gênico que atua sobre o RNA mensageiro (mRNA). Nesse mecanismo está envolvida um molécula de RNA dupla fita (dsRNA – double stranded RNA) que, ao ser reconhecida por complexos proteícos específicos no citoplasma do organismo, essa tecnologia é programada para inativar genes específicos em plantas daninhas, insetos-praga e doenças, associados a processos essenciais à sua sobrevivência.

“Vamos desenvolver moléculas de RNA duplas fita com espeficidade à praga ou ao patógeno, embarcando tecnologia de delivery da molécula”, explica Hugo Molinari, pesquisador da Embrapa Agroenergia e líder do projeto.

Fernando Prezzotto, presidente da Sempre, afirma que muitas vezes o agricultor é acusado injustamente de usar agrotóxicos, poluir o lençol freático e matar espécies não alvo. “Em toda a minha vivência junto a agricultores, distribuidores e cooperativas, nunca vi um produtor com vontade de aplicar veneno. O que o agricultor quer e precisa é proteger a sua plantação do ataque de insetos, fungos e demais pragas que podem afetar a produtividade”, diz Prezzotto.

Para isso, o agricultor utiliza o que há de melhor disponível no mercado. “Até o momento os produtores só tinham os agrotóxicos como ‘carta na manga’. Mas estamos iniciando uma revolução na qual as incríveis possibilidades proporcionadas pela moderna biologia logo estarão disponíveis”, prevê o executivo da Sempre.

Fazendo uma comparação, a técnica que será utilizada mimetiza o próprio sistema de defesa das plantas, que, ao serem atacadas, produzem substâncias químicas para tentar inativar o inimigo. “Quando a planta entra em contato com um vírus, por exemplo, ela age imediatamente para o seu próprio sistema de defesa”, explica o pesquisador Hugo Molinari. “Plantas e microrganismos possuem esse mecanismo, principalmente contra o ataque do vírus”, completa.

Fonte: https://www.embrapa.br/

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