Iteral lança projeto saberes ancestrais
Nos dias 07 e 08 de outubro, no município de Santana do Mundáu, será lançado o projeto Saberes Ancestrais destinado à integração e o empoderamento de mulheres da agricultura familiar e quilombolas. A ação é promovida pelo Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (ITERAL) e conta com o apoio da prefeitura de Santana do Mundaú, Secretaria Municipal de Agricultura, o Instituto Irmãos Quilombolas e a Associação das Mulheres Agriculturas Quilombolas de Santana do Mundaú.
A primeira edição contemplará 20 mulheres agricultoras familiares e quilombolas das comunidades remanescentes de quilombo Jussara, Mariana e Filús. O objetivo é desenvolver atividades de formação que contribuam para a sustentabilidade e valorização da agricultura familiar e quilombola; além de estimular a autoestima e o pertencimento étnico; e contribuir para o empoderamento feminino e o desenvolvimento social.
De acordo com a assessora técnica dos Núcleos Quilombola e Indígena do Iteral, leone Silva, o projeto Saberes Ancestrais pretende percorrer vários municípios que possuem comunidades quilombolas reconhecidas. Porém, o município de Santana do Mundáu foi escolhido para abrir os trabalhos devido a organização das mulheres quilombolas, com a coordenação do Instituto Irmãos Quilombolas, estão empenhadas na Fábrica de Bolos e o fornecimento de produtos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e nas escolas de rede pública.
“O projeto busca viabilizar a troca de saberes através da culinária afetiva, arte terapia e o empreendedorismo no meio rural e quilombola. Essa proposta surgiu após o desenvolvimento de outro projeto, a feira Agrária do Crédito Fundiário organizado pelo Iteral que fizemos em vários municípios alagoanos e promoveu a integração entre quilombolas e agricultores familiares da reforma agrária. Nós queremos elevar a autoestima e contribuir na ampliação da renda com a comercialização dos seus produtos. Duas agricultoras familiares foram convidadas para a partilha de conhecimentos com as quilombolas, dentro da metodologia delas darão um show de culinária ancestral, uma verdadeira conversa entre comadres para repassar as tradições e o saber da infância, além de dar dicas de como comercializar nas feiras livres”, ressaltaou Leone Silva.
A programação será inciada às 9h com o acolhimento das participantes e a abertura oficial com a presença de autoridade locais. Em seguida, terá a mística de integração com a arte terapeuta Carla Rosset e a oficina “Em busca da minha criatividade” ministrada pela arte educadora e artesã, Alcione Peixoto, que passará técnicas de artesanato utilizando galhos secos, fibra da bananeira, material reciclável, dentre outros.
Também será realizada a oficina prática “Culinária afetiva” conduzida por Ivanilda Alexandre e Manoela Romeiro, que são agricultoras e moradoras do Assentamento da reforma agrária Serra Talhada situado em Joaquim Gomes, que possuem a experiência de vender seus produtos nas feiras agrárias promovidas por movimentos sociais. Na ocasião, serão repassadas informações sobre a produção de pé de moleque, grude, beiju, tapioca, má casado e farinha d’água.
Texto e fotos: Helciane Angélica Santos Pereira (Iteral/Ascom)
Fonte: Iteral Al
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