Diário de campo: de volta a vida no campo – parte 32
Olá, tudo bem? Hoje escrevendo aqui. Pessoal, vou listar algumas atividades que fiz na propriedade e deixar um pensamento que seja até filosófico de como é essa vida no campo.
Antes de listar as atividades, vou relatar sobre essa percepção que tenho.
Antes de mais nada, vou ser bem realista. Por está escrevendo um blog em site (portal) algo moderno, as vezes passa uma imagem de que tudo na vida no campo é um paraíso (coisa que as redes sociais fazem com perfeição).
Acho que já relatei aqui no blog, que escrevo com um olhar sociológico e com procedimentos técnicos (caderno de campo, listas de atividades, fotos, vídeos etc) do que faço no campo e os demais familiares, comunidade, etc.
Acredito que muitos seres humanos que vivem a selva urbana, almejam um dia viver no campo, produzindo seus alimentos e em contato direto com a natureza.
Mas renornar a essa vida que em muitas das vezes, eram os nossos avós, bisavós, tataravós que o viviam é desafiador para nossa geração (geração Y).
Mas o ponto a onde quero chegar é o seguinte e que pode ser observado no dia a dia no campo vendo plantações e criações de animais. Que é que tudo que nasce da terra com finalidades alimentícias desaparece na região (pelo menos por um determinado tempo). Ou seja, observar que o milho de um lavoura ou feijão vai em um determinado tempo ser colhido e consumido, desaparecendo do local e indo (grãos) para os consumidores (fazendo a digestão no corpo humano e sendo despejado por conta da excresão as fezes, em um ambiente fossa.
A paisagem muda!
E a percepção mais desafiadora que tive, foi ver animais de porte grande (bovinos) com a minha vista e de meus familiares com a certeza que muitos desses animais iriam ser consumidos. É algo diferente de plantas.
Por isso, voltando um pouco ao contexto inicial do blog, essa vida ainda preserva uma religiosidade ou melhor dizendo uma espiritualidade que aliada com sabedoria muito grande. Há sem dúvidas, pessoas que são ateus por conta desse cenário, mas reforço, o melhor caminho é o da religiosidade e a igreja católica por ser ecumênica faz isso com maestria.
Ter uma bíblia em uma casa na propriedade rural para mim é de fundamental importância, é um guia! Outro livro que me auxilia muito é a regra de São Bento (um livrinho de bolso que geralmente carrego no bolso). Os 40 e poucos preceitos da regra de São Bento foram e é o meu guia há alguns anos. Essas 40 e poucas instruções são também uma das verdadeiras artes de viver.
Talvéz, no sertão o cenário da seca em contrapartida das belezas naturais é desafiador, mas na zona da mata de Alagoas onde chove por um período de tempo e depois é sol intenso também é desafiados. E o que mais me chama a atenção é o relevo, que é montanhoso. Projetar uma propriedade rural em uma área plana é muito mais simples que uma com relevos que possui declive e aclive.
Já passei 2 invernos na fazenda com mais tempo com minha mãe apenas. E digo, passar por estradas de barro com lama, ficar meio que isolados dos humanos, não ter o acesso convenientes que a zona urbana trás é também desafiador.
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