Mapa registra defensivos biológicos inéditos para combater ácaros e nematoides
Também foram registrados defensivos agrícolas genéricos, sendo que boa parte também são produtos biológicos
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou nesta sexta-feira (3) o registro de dois defensivos biológicos inéditos. Um dos produtos é a base de extrato de alho, que poderá ser usado para o controle de nematoides (pragas de solo que atacam as raízes das plantas), e o outro é o registro de Amblysuius tamatavensis, um ácaro que controla a mosca-branca, praga que ataca a batata, tomate e feijão entre outras culturas.
O Ato n° 26, publicado no Diário Oficial da União, também traz o registro de outros 44 defensivos agrícolas genéricos, sendo que 17 utilizam agentes de controle biológico na sua formulação, contribuindo para o aumento da sustentabilidade da agricultura nacional. Em todo ano passado, foram registrados 40 produtos biológicos.
Segundo o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do MInistério da Agricultura, Bruno Breitenbach, o objetivo é estimular o uso de produtos biológicos na agricultura orgãnica e convencional, aumentando o número de produtos registrados hoje poderão ser utilizados em sistema de cultivos orgânicos.
“vale lembrar que esses agentes biológicos são totalmente inofensivos aos seres humanos e controlam naturalmente as pragas das lavouras brasileiras. São produtos extremamente amigáveis ao meio ambiente e acreditamos que o ano de 2020 poderá ser marcado pela quantidade de produtos biológicos tornados disponíveis à agricultura brasileira”, explica.
Genéricos
O registro defensivos genéricos e importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência. “Isso acaba resultando em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira”, ressalta Breitenbach.
A maioria dos ingredientes ativos presentes nos defensivos agrícolas registrados hoje tem uso registrado nos Estados Unidos, na Austália e em países da Europa.
Os produtos que tiveram o registro publicado hoje foram analisados e aprovados pelo Ministério da Agricultura, pelo Ibama e pela Anvisa, de acordo com créditos científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.
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