Produção de silagem de mandioca/macaxeira aliada a produção alimentícias de macaxeira embalada a vácuo, fécula de mandioca, gomas de tapioca, farinha de mandioca e massa puba
Umas da maneiras de estocar alimentos em forma de silagem para animais em uma propriedade é produzindo seu próprio silos.
Nesse texto, abordo uma maneira de produzir silos através da cultura da mandioca que sirva tanto para a alimentação humana (parte de baixo da planta) como a parte aérea que sirva para produzir o silos na alimentação animal.
Nas propriedades rurais, mais especificamente as de Alagoas, são delimitada por regiões edafoclimáticas, ou seja, são feitos estudos dos solos, climas e culturas que adaptam bem em cada região, seja ela o agreste, sertão, mata-atlântica ou caatinga. O Zoneamento-agroecológico delimita muitas culturas e criações de animais, a macaxeira é uma delas. Mas é visto que essa espécie é cultivada em praticamente em toda região de Alagoas.
Muitas culturas são introduzidas em nossa estado e várias se adaptaram muito bem.
OBS: na legenda, a cor indicativa marrom escuro, abrange diversas culturas, ou seja, o potencial no mapa de Alagoas para o plantio de macaxeira/mandioca e grande.
OBS: na legenda, a cor indicativa marrom escuro, abrange diversas culturas, ou seja, o potencial no mapa de Alagoas para o plantio de macaxeira/mandioca e grande.
A plantas para servir de silos ou fenos são diversas, porém, algumas tem preferência entre os produtores rurais. No entanto, pela falta de recursos ou até mesmo a necessidade de diversificação de culturas, alguns produtores estão aderindo a culturas que não eram utilizadas em larga escala como a macaxeira/mandioca, gliricídea e sorgo.
Com o advento de sementes de milhos comerciais em solos Alagoanos, a demanda de recursos ficaram bastante alto. Custo que que vai desde o preparo do solo (que por sinal, tem que ser muito bem preparado), o plantio, a manutenção (aplicação de insumos – fertilizantes, herbicidas, inseticidas, etc) e a colheita e mão de obra*.
Muitos estudos vem sendo feito para driblar essa situação.
O melhoramento genético de plantas é uma delas, mas requer no mínino, 8 a 10 anos para que as variedades estudadas em nossos solos (região) possam ser dirigidas ao público em geral (agricultores e produtores rurais).
Outros estudos, tem um viés agroecológico, e busca resgatar o que temos de bom. O milho crioulo por sua vez, já impactado pelo milho geneticamente modificado das grandes corporações de insumos agrícolas são uma espécie de símbolo de resistência. Uma questão de pólens disseminados entre variedades e outras são uma das causas do desequilíbrio ambiental, e “desequilíbrio” da carga genética entre as gerações de milhos tanto comerciais como os crioulos. A macaxeira/mandioca, por ter uma reprodução assexuada, ou seja, reprodução feita por manivas (estaquia) não foi tão impactada como as outras culturas de produção mundial no sentido de estar imerso a uma cadeia de grandes coorporações.
Algumas culturas vegetais, por serem nativas do Brasil, são bem indicadas para diversos tipos de produção agrícola. No que tange, a silagem, é feita atualmente, uma larga disseminação da produção do capim-assu. A macaxeira/mandioca por ser nativa, também é indicada.
Por esta cursando Zootecnia na Universidade Federal de Alagoas – CECA, que em sua grade currícular ou ementa, tem diretrizes que visam o cuidado e zelo com as questões indígenas. Tenho por opinião pessoal, que existe um certo tipo de regimento em relação as culturas que foram domesticadas pelos índios (índios sul-americanos, índios da américa central e índios da américa-do-norte) e que são fonte de alimento para nós brasileiros e para população do mundo inteiro. Não é só uma questão de reparo social, mas sim uma questão de segurança alimentar a nível global.
O alimento é um agente condicionador e gera nossa identidade como brasileiros. Consumir frutas, verdura e legumes, gramíneas e carnes de nossa fauna/ flora é uma maneira de se identificar e de sentir pertencentes a uma nação chamada BRASIL.
Uma das causas de sermos saboteados sem perceber, é a introdução sutilmente agressiva de métodos e sistemas de produção que visam aderir ao capitalismo agressivo
Sabe-se que a macaxeira/mandioca é muito utilizada como fonte de alimento para nos brasileiros, principalmente, nós nordestinos. Mas, como as demandas de produção são cada vez mais exigentes a nível de custos e de aproveitamentos de seus materiais (produtos, subprodutos, partes descartadas, etc) tudo passa a ser reaproveitado, seja para o consumo humano, para consumo animal, para adubação, para produzir substâncias que gerem outros produtos, etc…).
A indicação da macaxeira/mandioca em propriedades rurais em Alagoas é bastante indicada e bem vista entre os agricultores. Mesmo sendo usada em muita da vezes como uma planta de subsistência, essa cultura vegetal é apropriada para muitas finalidades. Isso vem despertando mercados cada vez mais sofisticados.
A farinha de mandioca, a macaxeira envasada a vácuo, a goma de tapioca, a fécula ou polvilho de mandioca (que faz bolos e pães do tipo mineiro) e massa-puba são tipos de produtos em que o mercado já aderiu e que tem consumidores em todos os cantos do mundo.
A para suprir ou auxiliar essa produção de silos ou feno macaxeira/mandioca indico (com incentivo em produzir silos nas aulas de ACE3 – Atividades Curriculares de Extensão na Universidade Federal de Alagoas no curso de Zootecnia) em relação a produção de silos e fenos) a opção de usar as manivas e parte aéreas da planta macaxeira/mandioca indico para produção de silos na alimentação animal (bovinos, suínos, ovinos, caprinos etc).
É necessário uma cadeia de produção visando esforços e planejamento que visem a hora certa de plantio, obtenção de maquinários (enxadas, facão ou peixeira, forrageiras, fornos, bacias de decantação e filtração, automóveis, etc) além de uma infraestrutura na própria propriedade rural.
O texto pode sofrer alterações.
Materiais para downloads:
Apostilha: pragas da mandioca
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